segunda-feira, maio 29, 2006

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões

Nota: O meu soneto preferido. A mim diz-me imenso.

4 Comentários:

Blogger Ana Cristina Pinto said...

Um dos meus favoritos do camoes, sem duvida.Excelente escolha,Obrigada por mo fazeres recordar.

4:42 da manhã  
Blogger ¦☆¦Jøhη¦☆¦ said...

Realmente meu caro amigo... O Mestre! Também adoro este soneto de Camões, e neste momento presente da minha vida sinto-o de forma muito mais intensa.

Um abração, João

12:50 da tarde  
Blogger hala_kazam said...

deixo-te hoje apenas um beijo....

as palavras fugiram

12:40 da manhã  
Blogger Lídia Amorim said...

acho que esse é um soneto que "toca" a muita gente** tas com o T.P.M?? lololol no "meu querido diario" tavas a dizer k ves tristeza em td..e k era uma fase passageira.. so pode ser TPM! ah! eskeci-me és "Hóme" lolol é so pa rires um cadito* jokas

10:03 da manhã  

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