quinta-feira, junho 14, 2007

QUANDO OLHO PELA JANELA...





Quando olho pela janela
Vejo o céu a nublar
E os passaritos
A esvoaçar.

Quando olho pela janela
Reparo no Horizonte
Que muito ao longe
Separa o Céu da Terra.

Quando olho pela janela
Observo Pombas
Que, no chão,
Transportam
A sua beleza
Descomunal
No seu corpinho
Jovem.

Quando olho pela janela
Tento visionar alguma coisa
Para além dos telhados
Que estão a obstruir a minha visão.

Quando olho pela janela
Do meu Coração,
Simplesmente, nada vejo
A não ser
O Negro da Alma.

1 Comentários:

Blogger ¦☆¦Jøhη¦☆¦ said...

Um poema cujo inicio mostra uma calmaria que parece prever a tormenta que surge no final do poema. Toda esta filosofia de observar o horizonte e ao mesmo o coração, é algo que eu compreendo. Assim como ver negritude. É um poema de tom triste e existencial, emana solidão e lágrimas, algo que eu sinceramente lamento (não em ler, mas em sentir) pois conheço-te há muito tempo e sei que mesmo não sendo tempos muito positivos, mesmo assim estou certo (e espero) que vais sempre tentar ver algo mais que o negro da alma.

Um abraço,

João

12:36 da manhã  

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