segunda-feira, janeiro 07, 2008

HOMENAGEM AO POVO CIGANO






Caros Amigos!

Venho aqui, fazer uma homenagem a um povo que é constantemente injustiçado e discriminado.




As pessoas Roma (Rom, na forma singular), juntamente com os Sintos e os Calon ou Calé são designados vulgarmente por Ciganos. São pessoas tradicionalmente nômades; estudos linguísticos realizados a partir do século XX indicam que são originários do norte da Índia e que hoje vivem espalhadas pelo mundo, especialmente na Europa, sendo sempre uma minoria étnica nos países onde vivem.
Os Roma são popularmente estereotipados como possuídores de poderes psíquicos, como a faculdade de "prever o futuro". A invenção do tarot é lhes creditada.
Algo que logo se liga aos ciganos é o nomadismo, esta mobilidade ininterrupta deles é também uma fuga à padronização que está sujeito o homem e a segurança de nunca se perder os traços de sua cultura.

Origens:
Devido à ausência de uma história escrita, a origem e a história inicial dos povos roma foram um mistério por um longo tempo. Há 200 anos, antropólogos culturais criaram a hipótese de uma origem indiana dos roma, baseada na evidência lingüística. Isso é confirmado pelos dados genéticos.
Acredita-se que os roma tiveram origem nas regiões de Punjab e Rajasthan do subcontinente indiano. Eles iniciaram a sua migração à Europa e África do Norte pelo platô iraniano por volta de 1050.
Até meados do século XVIII, teorias da origem dos Roma limitavam-se a especulações. Então, em 1782, Johann Christian Cristoph Rüdiger publicou sua pesquisa que apontava a relação entre o romanês e hindustani. Os trabalhos seguintes deram apoio à hipótese que o romanês possuía a mesma origem das línguas indo-arianas do norte da Índia
Os ciganos originaram-se de uma casta inferior do noroeste da Índia, que, por causas desconhecidas foi obrigada a abandonar o país no primeiro milênio d.C. partiram em direção a Pérsia onde se dividiram em dois ramos: o primeiro, que tomou rumo oeste, atingiu a Europa através da Grécia; o segundo partiu para o sul, chegando à Síria, Egipto e Palestina. No séc. XII, os ciganos enfrentaram o avanço dos muçulmanos, que tentaram impôr a sua religião na Índia, e lutaram contra os Sarracenos por muitos séculos, inclusive durante a Idade Média. E foi justamente neste período em que muitas caravanas de ciganos tiveram de partir para a Europa, numa migração forçada que os ciganos chamaram de Aresajipe. O grupo espalhou-se por: Hungria, Áustria e Boêmia, chegando à Alemanha em 1417. Em 1428 encontravam-se na França e Suíça, em 1422 atingia a Bolonha. Em 1500, surgiram os primeiros ciganos ingleses. As épocas de 1555 e 1780 são marcados pelos ciganos por um período de perseguições e intolerância: Em vários países foram cometidos actos de violência contra os ciganos.

A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia que se lhes reconhecesse como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo haviam sido qualificados como Egípcios. O clima de suspeitas e preconceitos percebe-se no florescimento de lendas e provérbios tendendo a colocar os Ciganos sob mau prisma, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos (Gênesis 9:25). Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação do Senhor). A cultura cigana nunca produziu nada de significativo na pintura, na literatura, na música, na ciência. Caracterizados pelo nomadismo, o modo de vida dos ciganos e suas condições de subsistência são sempre determinados pelo país em que se encontram: os mais ricos são os ciganos Suecos e os mais pobres encontram-se nos Balcãs e no sul da Espanha.

Embora mantendo sua identidade, os ciganos revelam grande capacidade de integração cultural: professam a religião local dominante, da mesma forma que as suas danças, músicas, narrativas e provérbios manifestam a assimilação da cultura no meio em que se radicam. As suas capacidades de assimilar músicas folclóricas permitiu que muitas fossem preservadas do esquecimento, principalmente as do oeste europeu. Excluindo as publicações soviéticas, existem apenas nove livros escritos em língua cigana.

Idiomas:
A maioria dos Roma falam algum dialecto do idioma romanês, língua muito próxima das modernas línguas indo-europeias do norte da Índia e do Paquistão, tais como o sânscrito, o prátcrito, o maharate e o punjabi. A moderna antropologia relacionou a língua romani com as línguas punjabi e potohari, faladas no norte do Paquistão.

A língua dos ciganos é conhecida como romani, bastante próxima dos idiomas indo-arianos. Tanto o sistema fonológico como a morfologia podem ter sua evolução facilmente reconstruída a partir do sânscrito. O sistema numeral também reflecte parcialmente os respectivos vocabulários sânscritos. Com as migrações, os ciganos levaram sua língua a várias regiões da Ásia, da Europa e das Américas, modificando-a. De acordo com as influências recebidas distinguem-se dialectos asiáticos de europeus. Entre as línguas que mais influenciaram nas formas modernas do romani estão o grego, o húngaro e o espanhol.

Tradições:
Os Ciganos não representam, como já se salientou, um povo compacto e homogêneo; mesmo pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fracionada no tempo e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialectos diferentes, ainda que afins entre si. O acréscimo de componentes léxicos e sintáticos das línguas faladas nos países atravessados no decorrer dos séculos acentuou fortemente tais diversificações, a tal ponto que podem ser tranquilamente definidos como dois grupos separados, que reúnem subgrupos muitas vezes em evidente contraste social entre si.

As diferenças de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros pode gerar uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente.

Em linhas gerais poderia afirmar-se que os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este facto não seja recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram.

Quanto aos Rom de imigração mais recente, nota-se uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. A sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua origem. Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiante. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes prolongando-se por alguns anos.

No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. É possível a um Cigano casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas. Tendo em vista, naturalmente, o dote especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos tende-se a realizar o casamento através da fuga e consequente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores. No que se refere à morte e aos ritos a ela conexos, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto dos Sintos parece prevalecer o costume de se queimar a kampína (o trailer) e os objetos pertencentes ao defunto. Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.

Além da família extensa, entre os Ciganos encontramos a kumpánia, ou seja, o conjunto de várias famílias (não necessariamente unidas entre si por laços de parentesco) mas todas pertencentes ao mesmo grupo e ao mesmo subgrupo ou a subgrupos afins.

O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre os ciganos, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem para resolver eventuais controvérsias.

Entre os Ciganos a máxima autoridade judiciária é constituída pelo krisnitóri, isto é, por aquele que preside a kris. A kris é um verdadeiro tribunal cigano, constituído pelos membros mais velhos do grupo e que se reúne em casos especiais, quando deve-se resolver problemas delicados inerentes a controvérsias matrimoniais ou acções cometidas com danos para membros do mesmo grupo. Na kris podem participar também as mulheres, que são admitidas para falar, e a decisão unilateral cabe aos membros anciãos designados, presididos pelo krisnitóri, que após haver escutado as partes litigantes, decidem, depois de uma consulta, a punição que o que estiver errado deverá sofrer.

Em tempos recentes a controvérsia resolve-se, em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, que pode chegar a vários milhões de liras (vários milhares de euros); no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais.

Religião:
Os Ciganos não tem uma religião própria, não reconhecem um deus próprio, nem sacerdotes, nem cultos originais. Parece singular o facto de que um povo não tenha cultivado no decorrer dos séculos crenças particulares em mérito à divindade, nem mesmo formas primitivas de tipo antropomórfico ou totêmico. O mundo do sobrenatural é constituído pela presença de uma força benéfica, Del ou Devél, e de uma força maléfica, Beng, contrapostas entre si numa espécie de zoroatrismo, provável resíduo de influências que esta crença teve sobre grupos que em época remota atravessaram a Pérsia.

Existem pois, nas crenças ciganas, uma série indefinida de entidades, presenças que se manifestam sobretudo à noite. Quanto à religião, em geral os Ciganos parecem ter-se adaptado no decorrer da história às confissões vigentes nos países que os hospedaram, mas a sua adesão parece ser exterior e superficial, com maior atenção aos aspectos coreográficos das cerimônias, como procissões, peregrinações, próprias de uma religiosidade popular ainda largamente cultivada no âmbito católico. Um sinal de mudança dá-se pela difusão do movimento pentecostal, ocorrida a partir dos anos 50, através da Missão Evangélica Cigana, surgida na França.

Em seguida a isso, registram-se todavia profundas lacerações no interior de muitas famílias, devido às radicais mudanças de costume que tal adesão impõe e que encontram explicação na natureza fundamentalista do movimento religioso em questão. Tais imposições muitas vezes acabam por induzir os Ciganos a uma recusa de suas peculiaridades culturais, ainda que dependa muito da capacidade de crítica e de discernimento de cada indivíduo.

Maiores concentrações de ciganos no Mundo:

Alemanha: 100.000
Albânia: 70.000
Argentina: 317.000
Bósnia Herzegovina: 17.000
Brasil: 678.000
Bulgária: 700.000/800.000
Croácia: 9.463
Espanha:
600.000/800.000
Finlândia: 10.000
Grécia: 300.000/350.000
Hungria:
190.046 (2001), 500.000 est.[7]
Irão: 110.000[8]
Macedónia: 53.879
Montenegro:
2.601
Polônia: 15.000/50.000
Portugal: 40.000
Reino Unido: 40.000
República Checa:
120,000/220,000
Romênia: 535.140 (2002), outros censos calculam entre 1.500.000/2.000.000
Rússia: 183.000
Sérvia: 108.193
Eslováquia: 92.500
Turquia: não oficial 500.000/2 milhões de pessoas.
Ucrânia: 48.000

Mais palavras para quê? Por alguns ciganos, que se podem denominar por "ovelhas tresmalhadas", outros que nada têm a ver com as acções dos anteriores, acabam por pagar, por vezes, por coisas que nunca fizeram e assim, ficarem com a sua imagem manchada perante o Povo Não-Cigano.


Gipsy Kings - Volare (Vídeoclip)


Letra da Música:
Pienso que un sueno parecido no volvera mas
Y me pintaba las manos y la cara de azul
Y me improviso el viento rapido me llevo
Y me hizo a volar en el cielo infinito

Volare, oh oh
Cantare, oh oh oh oh
Nel blu dipinto di blu
Felice di stare lassu

Y volando, volando feliz
Yo me encuentro mas alto
Mas alto que el sol
Y mientras que el mundo
Se aleja despacio de mi
Una musica dulce
Se ha tocada solo para mi

Volare, oh oh
Cantare, oh oh oh oh
Nel blu dipinto di blu
Felice di stare lassu

Pienso que un sueno parecido no volvera mas
Y me pintaba las manos y la cara de azul
Y me improviso el viento rapido me llevo
Y me hizo a volar en el cielo infinito

Volare, oh oh
Cantare, oh oh oh oh
Nel blu dipinto di blu
Felice di stare lassu

Volare, oh oh
Cantare, oh oh oh oh
Nel blu dipinto di blu
Felice di stare lassu
Pienso que un sueno parecido no volvera mas
Y me pintaba las manos y la cara de azul
Y me improviso el viento rapido me llevo
Y me hizo a volar en el cielo infinito

Volare, oh oh
Cantare, oh oh oh oh
Nel blu dipinto di blu
Felice di stare lassu

Volare, oh oh
Cantare, oh oh oh oh
Nel blu dipinto di blu
Felice di stare lassu


Até Ao Próximo Post.

0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home